Ao contrário do que a desinformação e o preconceito fazem crer, a depressão é sim uma doença, um transtorno mental que precisa ser levado a sério, pois se não for tratado e acompanhado de forma correta, pode levar a pessoa doente a quadros muito mais graves ou até mesmo a morte.
Segundo dados de 2019 da Organização Mundial de Saúde (OMS), na última década, o número de pessoas sofrendo com depressão subiu 18,4% em todo o mundo. Já o Brasil é considerado o país mais deprimido em toda a América Latina, com cerca de 12 milhões de doentes, ou seja, cerca de 5,8% da população brasileira está doente, uma média muito maior que a global, que é de 4,4%.
Existem níveis de depressão dos mais leves aos mais graves, porém a doença não está ligada necessariamente a acontecimentos, como a perda de um amor ou uma doença grave. Muitas vezes, a pessoa está triste, mesmo não tendo um motivo consciente. O depressivo acredita que não tem motivos para viver bem e está sempre, ou quase sempre, com pensamentos negativos ou mórbidos, perdendo o interesse pelas coisas que mais lhe dão prazer e vive em desânimo constante.
De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta, Pâmela Russula, CRP: 10/03360, o momento em que vivemos em meio à pandemia da Covid-19, e todas as demais crises e incertezas que vieram com ela, podem conduzir muitas pessoas à depressão e não somente aquelas que, em teoria, estão se sentindo mais sensíveis, tristes ou vulneráveis.
“A pessoa pode desencadear a depressão passando por sensações de solidão, sentimento de perda, desprezo, desvalorização, pressão psicológica, não tendo suporte emocional para lidar com as dificuldades e conflitos existentes da situação no momento. A falta da inteligência emocional favorece ao desequilíbrio psicológico, não procurando meios de enfrentar os problemas com produtividade e aprendizado, podendo se sentir incompetente e fracassado. Sempre é bom refletir com calma sobre a situação, trabalhando seu emocional e reconhecendo que determinadas situações, por mais difíceis, podem sim ser enfrentadas e vencidas”, afirma Pâmela Russula.
Ainda segundo Pâmela, aliado a tratamentos medicamentosos e ao acompanhamento psicológico, existem diversas alternativas para viver melhor em momentos assim e até superar estas dificuldades.
“O que não pode faltar de forma alguma é o apoio da família e dos amigos, dando força, reforçando positivamente, auxiliando no que for preciso; tendo sempre paciência e cautela na hora que precisar amparar e acudir a pessoa emocionalmente. Mas também, procurar viver o momento presente, transformando pensamentos negativos em positivos, cuidando de si mesmo, não faça várias coisas ao mesmo tempo, vá com calma e paciência, não se cobre demais, praticar exercícios físicos e atividades prazerosas para você, como pintar, desenhar, ler, assistir a filmes e não se prenda a pensamentos negativos”, conclui a psicóloga e psicoterapeuta.
E lembre sempre, a Dr. Amigo está sempre ao seu lado e, por mais difícil que possam ser esses tempos, tudo vai passar e vamos todos ficar bem!
Respeite as recomendações de isolamento, lave sempre as mãos, se for sair de casa, use máscara.
Cuidando da sua saúde, você também cuida do bem-estar da sua família e amigos! Juntos somos mais fortes! #SIGASORRINDO