Olá, amigos!
Neste mais de um ano de pandemia, nós tivemos de nos isolar e aprender a conviver com lockdowns e toques de recolher, em respeito à nossa saúde, a de nossos amigos, familiares e conhecidos.
Mas com isso, muitas pessoas também reduziram ou até mesmo abandonaram suas rotinas de atividades físicas, exercícios e até tratamentos fisioterápicos.
Para explicar um pouco sobre os riscos que isso pode trazer para nossa saúde e como, dentro de casa mesmo, podemos nos manter ativos e fazer exercícios, convidamos para uma entrevista, a fisioterapeuta e professora de pilates Bárbara Rodrigues Lourenço (CREFITO 221853) do Estúdio Duo Pilates.
Abandonar ou interromper atividades físicas pode trazer problemas para as pessoas em curto, médio e longo prazo?
Bárbara Lourenço Rodrigues – Para quem já tinha uma patologia, a falta da atividade física ou tratamento fisioterapêutico pode agravá-la, e para quem não possuía ainda, isso pode originá-la, causando alterações em sua qualidade de vida a curto, médio e longo prazo. Quem está “parado” em tratamento fisioterapêutico e trabalha em home office, por questões posturais, acabam apresentando dores novas ou intensificando as que já tinha, que quando não prevenidas e tratadas, podem se agravar tornando-se crônicas.
E quais as principais queixas de quem está mantendo o distanciamento social ou fica direto no home office?
Bárbara Lourenço Rodrigues – A maioria das pessoas relata dores na cervical, na lombar e nos punhos, devido às posições incorretas e prolongadas em frente ao computador, pois as mesas e cadeiras que a maioria tem em casa dificilmente possuem as medidas ergonômicas corretas.
Quais as melhores formas de conseguir manter atividades físicas, mesmo em casa? Pilates, Yoga, são boas alternativas?
Bárbara Lourenço Rodrigues – Yoga, treinamento funcional e pilates são ótimas alternativas, principalmente porque dá para praticá-los de forma on-line, que no caso foi o meio que escolhi para manter os pacientes ativos e sem interromper o tratamento deles. Alguns pacientes não gostam desse meio, então temos que incentivá-los a experimentar e mostrar o outro lado dessa forma de aula, assim, usamos turmas de até quatro alunos por horário, se transformando em aulas mais dinâmicas, servindo para animar e estimular seu foco e interesse na prática, o que é muito importante, pois a maioria faz o pilates de forma terapêutica.
De que maneiras, profissionais de saúde como você, conseguiram ajudar seus pacientes a não interromper ou deixar que abandonassem suas atividades?
Bárbara Lourenço Rodrigues – A maioria optou pelo atendimento on-line e também domiciliar, porém a questão domiciliar era mais em atendimentos de pacientes/alunos que apresentavam dor aguda ou necessitavam de atendimento respiratório pós-Covid.
Hoje, as aulas on-line têm ajudado a encurtar essas distâncias?
Bárbara Lourenço Rodrigues – Sim, e facilitado muito durante essa pandemia por conta do distanciamento social que está sendo exigido, então alguns alunos que ainda não se sentem seguros o suficiente para voltar às aulas presenciais, pelo menos não ficam sem atendimento. Facilita nosso trabalho e a continuidade do tratamento do paciente.
Nessas horas a criatividade ajuda bastante, não é?
Bárbara Lourenço Rodrigues – Sim, com certeza. Porque além de ter o conhecimento em mat pilates, algumas coisas deveriam ser acrescentadas para não manter sempre os mesmos exercícios todos os dias, então a criatividade ajuda bastante e muita coisa que temos em casa viraram aparelhos de estúdio, uma cadeira normal vira uma chair, dois panos viram um slide e por aí vai (risos).
Outra questão são as crianças, muitas ainda não entendem ou tem dificuldade para lidar com as limitações que a pandemia exige de todos. Como os pais podem ajudar os filhos a fugir dessa ansiedade, gastando energia e ainda assim se exercitando?
Bárbara Lourenço Rodrigues – As crianças possuem muita energia para gastar, e neste momento de pandemia algumas adquiriram estresse e ficavam muito ansiosas dentro de casa, além de passar muito tempo na frente de eletrônicos alterando sua postura e prejudicando seu crescimento de forma saudável, então reabrimos a turma do Pilates Kids no estúdio, em que praticamos o método de forma mais dinâmica e interativa, eles adoram. Tentamos deixar as coisas mais divertidas possíveis, mas sempre respeitando os princípios do método Pilates e o limite de cada um.
E para as vovós e vovôs, quais as melhores opções?
Bárbara Lourenço Rodrigues – Bom, durante esta pandemia a maioria tem receio de ir para atendimentos presenciais por serem de grupo de risco. Porém, o sedentarismo, a falta de atividade física para quem já praticava, e a obesidade podem se acentuar durante a pandemia, sendo risco para Covid-19 ou outras doenças principalmente para esse grupo. Independente da pandemia, eles sempre são estimulados a fazer alguma atividade em casa, mas também indicamos a nossa aula on-line ou a dança, a maioria deles adora dançar, então são incentivamos a dançarem em casa mesmo (risos), já os que estão praticando presencialmente, o pilates é maravilhoso, não é à toa que o criador do método tinha mais de 80 anos e sempre dizia que “se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem” deixando claro que o que importa é a idade corporal, comprovando que a prática do seu método o deixava mais ativo e mais forte independente da sua idade biológica.
A Dr. Amigo recomenda, siga os conselhos e dicas de profissionais como a Bárbara, tente manter uma rotina de vida mais saudável, pratique atividades físicas, se alimente bem e nunca se esqueça: se precisar sair de casa para fazer exercícios ou tratamentos de saúde, use sempre máscaras, lave sempre as mãos, use álcool em gel e evite aglomerações.
E se você quiser saber mais sobre o trabalho da Bárbara, acompanhe ela e seu estúdio nos perfis @duo.pilates / @barbaralourencofisio ou pelo whatsapp de trabalho: (91) 99393-1946.